quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Johnnie Walker, O pistoleiro de Satã. - CAPT. IV




"Johnnie Walker, O pistoleiro de Satã." É um conto seriado de JP, publicado todas as quintas-ferias aqui no Blog Contos Infindáveis. Perdeu o início? SIGA AQUI!


Todo ódio de vingança de Johnnie Walker.




Já passam das 3 da manhã e Robert Willes é acordado com um barulho de batidas em sua porta, ele se levanta, coloca seu roubei, calça seus chinelos, e pega um rifle winchester 22. Willes manda que sua esposa espere na cama:
- Sossegue aí Caroline, eu não me demorarei, na certa é Schole querendo pernoitar aqui depois de uma noitada. Aquele desgraçado me paga!- disse o Sr. Willes enquanto saia do quarto.
Quando abriu a porta o Sr. Willes se viu surpreso, quem batera a sua porta não era Schole, para sua surpresa era seu afilhado John. Ele não entendeu o que rapaz fazia uma hora dessas em sua casa mais mesmo assim ele o mandou entrar. Ele não tinha percebido que o rapaz estava sujo de sangue. Johnn entrou e se sentou na poltrona que ficava no meio da sala de estar, ao lado da lareira, que agora estava apagada. Quando o Sr. Willes percebeu que Johnn estava ensanguentado ele o perguntou assustado:
- O que houve com você rapaz? Porque está coberto de sangue? - nesse momento Willes percebeu que o embrulho que Johnn havia trazido consigo estava pingando sangue, e perguntou - Ande logo John me diga o que aconteceu, por que você está coberto de sangue? Você está ferido?
- Me diga que é mentira. - respondeu Johnn - Por favor, padrinho me diga que você não teve nada haver com aquilo.
- Do que você está falando meu filho?
- Do assassinato de meu pai! Ande logo, desminta ou assuma de uma vez que você esteve envolvido, seja homem ao menos uma vez! - falou John enfurecido.
- Quem foi que te falou isso? Quem levantou tal calúnia contra mim? Logo eu que tinha tanto carinho por seu pai. Eu quero que esse safado venha me dizer isso na minha cara! - respondeu o Sr. Willes.
- Não seja por isso, ele está AQUI! - falou Johnn, com um sorriso estranho no rosto enquanto dava uns tapinhas no embrulho que trazia consigo.
- O que rapaz? Você andou bebendo? - perguntou o Sr. Willes.
Nesse momento Johnn abriu a sacola, colocou a mão dentro e retirou dela a cabeça decepada de Schole. O Sr. Willes entrou em choque, ele não podia acreditar no que via. A imagem era grotesca, John segurava uma cabeça sem corpo no alto, ela ainda pingava sangue. A boca aberta estava com a língua para fora, e os olhos conservavam o horror do momento da morte. Do pescoço cortado se via tendões, veias e artérias penduradas. O Sr. Willes estava aterrorizado, ele tentou pegar o rifle que havia deixado sobre a mesinha de centro, mais John, que estava mais próximo dele o chutou longe. John atirou a cabeça sobre Sr. Willes que a jogou no chão e disse:
- Por Cristo homem, o que você fez, porque você cometeu essa atrocidade?
- Por quê? Você ainda me pergunta o por quê? - indagou John - Você seu cachorro, você e aqueles dois malditos, desgraçados mataram o meu pai. E Você ainda se fingiu de amigo, foi no velório, consolou minha família... E você ainda tem coragem de me perguntar por quê?
- Ouça bem Johnnie, eu não fiz isso, eu nunca faria isso a seu pai que tanto me ajudou. - ponderou Willes com a voz insegura.
- Eu não sei por que, mais não consigo acreditar em você. Como você pode? Porque você fez isso? - perguntou Johnn.
- Eu não fiz nada, eu estou te dizendo meu filho.
Nesse momento a senhora Willes, que havia percebido a gritaria no andar de baixo e resolveu ver o que acontecia, apareceu e perguntou:
- Robert? Johnnie? O que está acontecendo aqui? OQUE SIGNIFICA ESSA CABEÇA AQUI? - horrorizada perguntava a senhora Willes.
Nesse momento o Sr. Willes viu sua oportunidade, percebeu a distração de Johnnie, pegou o rifle que estava no chão e mirou em Johnnie, mais não pode atirar. Johnnie foi mais rápido, sacou a arma que outrora fora de seu pai, e acertou seu padrinho no ombro. Correu em direção dele e acertou um chute em cheio na sua cara enquanto pronunciava impropérios. A senhora Willes tentou correr, mais Johnnie mandou que ela ficasse ali parada. Enquanto ele desarmava o Sr. Willes ele mandou que ela se sentasse na poltrona onde ele estava sentado. Johnnie pegou alguns metros de corda dentro do saco que ele havia colocado enquanto ia para lá. Ele mandou que a Sra. Willes amarasse o seu marido, enquanto o Sr. Willes tentava convencer o rapaz de que isso tudo era uma loucura:
- Me ouça bem garoto, o Xerife está em meu bolso, você acha que vai sair ileso dessa? Você acha que pode promover sua vingança de sangue e ninguém irá fazer nada? - dizia o Sr. Willes enquanto perdia muito sangue pelo ferimento a bala que recebera no ombro.
A essa altura o filho único do Sr. Willes que dormia no segundo andar, Robert Willes jr., já havia acordado com tanto barulho. Ele foi furtivamente até o patamar da escada e viu o que acontecia lá embaixo na sala. Ele manteve a calma, se lembrou que seu pai tinha um revolver encima de seu armário, em seu quarto, e com calma foi lá pega-lo. Depois voltou para até a escada. Quando chegou ao alto dela ele gritou:
- Johnnie, não sei por que diabos essa fazendo isso, mais eu juro que se você se mover eu irei estourar seus miolos, seu maldito ingrato!
Johnnie que foi pego de surpresa pensou em atirar em Robert, porém não conseguiu, antes disso ele mesmo foi alvejado por uma bala que o rapaz disparara contra ele, mais por sorte o tiro somente pegou de raspão em seu braço esquerdo, então se agarrou na senhora Willes, que nesse momento estava berrando como louca, e a usou como escudo humano. O Sr. Willes gritava para que o filho matasse a Johnnie:
- Bob mate esse canalha, mate-o, mate-o!
- Se você fizer algo eu mato a sua velha, garoto. - disse calmamente Johnnie que mesmo com dor, não se importava com o ferimento, que tinha no braço esquerdo.
- Mate-o bob, mate-o! - continuava o senhor Willes.
- Eu não posso, se eu fizer algo ele irá matar a mamãe. - respondeu Robert á seu pai.
- Bob, meu problema não é nem com você e nem com sua mãe, e só o putardo do seu pai. Abaixe essa arma, pegue sua mãe e saiam daqui, eu tenho muita simpatia por vocês, mais não posso perdoa o assassino de meu pai. - disse Johnnie
- Assassino? Do que ele está falando pai?
- Não dê ouvido a ele Bob, MATE-O logo, ande me obedeça! - ordenou Sr. Willes.
Robert era um grande atirador, tinha ótima mira, e isso preocupava a Johnnie, porém ele estava com as vidas de seus pais em suas mãos, era muita pressão, e ele logo iria cometer um deslize, pensava Johnnie. E isso não demorou a acontecer. Robert obedeceu à ordem de seu pai, tentou acerta a Johnnie na cabeça, e errou nessa hora John atirou a senhora Willes contra a parede e acertou um tiro no tórax de Robert, seguido de outros dois tiros no peito. Robert caiu do alto da escada. Johnnie não tinha nada contra o rapaz, mais não podia deixar ninguém atrapalhar em sua vingança, ele se aproximou de Robert caído no chão e lhe acertou um tiro na nuca. A Sra. Willes quando viu o que ele havia feito a seu filho investiu cheia de ódio em direção de John, que acertou um murro na cara dela. Deixando a mulher desacordada sobre o sofá ele se voltou a seu padrinho que estava chorando de dor pela perda do seu filho unigênito. E o interrogou:
- Por quê? Porque você fez isso a meu pai? Seu maldito ele confiava em você.
- Aquele maldito era um traidor, isso sim que ele era, ele descobriu que eu estive envolvido em alguns assaltos á caravanas aqui nesta região e resolveu me prender! Por isso eu mandei mata-lo, se ele não fosse tão intrometido ele ainda estaria vivo. Ele disse que me dava 24 horas para me entregar... Eu tentei suborna-lo, mais o maldito não aceitou, então eu marquei um encontro com ele no velho armazém, com a desculpa de que iria acertar os detalhes de minha rendição. Então eu mandei que Bucky e Schole ficassem lá de tocaia. - contou o Sr. Willes - Eu não o matei, eu só fui o mandante, eu também mandei que eles fossem rápidos, e não o fizessem sofrer muit...
- Não o fizesse sofrer? Seu desgraçado!
- Seja razoável meu filho, eu ajudei sua irmã Rebecca arranjar um bom casamento, o que rendeu um futuro garantido a seu irmão, ajudei sua mãe com remédios. - falava o Sr. Willes, tentando aplacar a fúria dele.
- Por sua culpa minha mãe se suicidou! Minha família acabou minha irmã se casou com um homem que bate nela, e não a permite me ver. E você tem a coragem de me mandar ser razoável? Que futuro você acha que meu irmão terá tendo sido criado em uma família desestabilizada? E a mim, a minha dor? - esbravejava indignado Johnnie que começara a espancar o Sr. Willes. Ele pegou seu padrinho, que implorava por perdão. Apoiou sua cabeça na mesa de centro e com cinco golpes de um sabre cego que fazia parte decoração da sala, ele cortou a cabeça dele, enquanto ele gritava de dor. Depois ele pegou a Sra. Willes, e a amarrou em sua cama e ficou do lado de fora da casa.
Era quase de manhã, estava muito frio. Johnnie tentava se aquecer com seu poncho castanho enquanto esperava a chegada de Bucky, que logo iria ficar sabendo da briga no bar e iria até a casa do Sr.Willes, era só uma questão de tempo. Provavelmente com o atual xerife e seu oficial também iriam. Johnnie estava sentado em uma cadeira de balanço na varanda, com os pés em uma mureta e com seu rifle sobre seu colo. Ao lado de seus pés na mureta, estavam as cabeças de Schole e do Sr.Willes. O velho relógio de bolso de Johnnie apontava 05h13min da manhã, e ainda não se via os raios do sol quando Bucky, o xerife Walter, e Dan Sanders seu oficial apareceram como era esperado. Bucky que estava à direita do xerife disse:
- Que você fez seu retardado? Que barbaridade é essa? Quem você pensa que é seu canalha! - perguntou Bucky.
Quando Bucky ia sacar sua pistola quando levou um tiro do rifle de Johnnie, que se manteve de prontidão, e disse:
- Eu estava esperando por você, seu cão dos infernos!
- Filho você já está encrencado, não se complique mais. - disse o Xerife, que tentava domar o rapaz, e continuou - Deixe-me leva-lo garoto, eu vou descer de meu cavalo e vou até aí te prender, não faça nada que vai se arrepender!
- Se você descer desse cavalo será a ultima coisa que irá fazer. - disse Johnnie rispidamente
Quando o xerife ouviu isso se enfureceu, sacou a arma mais foi muito lento, Johnnie acertou um tiro, no meio de sua testa, o Xerife caiu morto de seu cavalo. Johnn se virou e acertou três tiros em Dan com seu revolver que estava por sobre seu poncho, também em seu colo. Dan Sanders também caiu morto. Depois disso ele rendeu Bucky que sangrava muito, e chorava pedindo perdão e compaixão. Johnnie colocou sua cabeça sobre a mureta e corto-lhe a cabeça com o mesmo sabre que havia usado para corta a cabeça do Sr. Willes. Ele juntou as três cabeças sobre a mureta, pegou o corpo de Willes e Bucky e os amarrou em dois cavalos, e os colocou para correr, arrastando os corpos pelas ruas da cidade. Pegou a sabre, o seu rifle, colou-os em seu cavalo, e rumou em direção de seu casebre que ficava não muito longe da cidade. Ele ira pegar seus pertences e rumaria para longe dali, agora ele era foragido por seis homicídios.
Johnnie antes de ir deixou um bilhete junto das três cabeças dos algozes de seu pai, que estavam sobre a mureta da casa do Sr. Willes. O bilhete dizia:

"Esse foi todo ódio de vingança de Johnnie Axe Walker, tem mais de onde veio isso, portanto não venham atrás de mim ou os seus destinos serão piores do que os desses infelizes amaldiçoados...”

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