sábado, 26 de dezembro de 2009

Mil Faces Capitulo II - Em busca da verdade




Satoshi sentia-se leve como se flutuasse eternamente em um vácuo, abriu seus olhos, mas o que via era apenas escuridão. Sentiu então uma presença estranha, e acima dele surgiu uma esfera de trevas .

- Se chama Satoshi certo? – A voz parecia vir da esfera que pairava no espaço, tinha uma voz áspera e pesada. -
- Sim, e o senhor quem é? - Falou Satoshi enquanto examinava seu tórax que não parecia perfurado como deveria estar -
- Eu sou você... Ou seria o contrario...?
- Mais importante que isso, quem seriamos nós então?
- Nós somos....
A voz dele desapareceu por completo e Satoshi se sentiu como se caísse eternamente, se distanciando dele mesmo. Percebeu então que se aproximava de um chão, mas não sabia para onde iria a partir de lá. Encontrou-se deitado no hall central da mansão. Tinha certeza que não estivera dormindo, parecia que havia estado ali deitado durante séculos.Estava tão afoito para entender o que havia acontecido que sem nem ao menos se importou com as pessoas da casa, Pensava apenas em como chegaria até lá. A resposta veio como um estalo em sua cabeça, “a torre norte!” exclamou ele e sem ser visto caminhou para uma área mais afastada da área da mansão.Ele seguiu por um caminho abandonado, com algumas arvores velhas até chegar a uma passagem bem envelhecida e escondida com folhas e plantas. Era como atravessar uma barreira do tempo, a passagem limpa e organizada de sua moradia dava lugar a um local de escombros em que vinhas tomavam conta de praticamente toda a paisagem. Achava fascinante aquele local que um dia poderia ter sido uma cidade soterrada ou até então escondida do mundo. Adorava brincar ali quando criança e por conta disso conhecia muito bem o lugar. Andou por cerca de 20 minutos apenas sendo guiado por suas memórias de infância. Quando começava a imaginar que pudesse estar no caminho errado, pois o que via era diferente do que se lembrava. O local estava enegrecido, parecia tomado por alguma força maior. Chutou ao acaso um objeto oco que rolou no chão, apertando sua visão viu ser um crânio de uma criança, olhando a sua volta pôde ver vários esqueletos quebrados ou incompletos, em sua grande maioria de crianças de 3 a 6 anos. Satoshi sorriu e pensou “eles deviam ser pessoas bem animadas aqui...” e continuou sua caminhada pisando em roupas e ossos. Logo a frente conseguiu enxergar a cerca de 10 metros seu destino final, a torre norte.

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