quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Johnnie Walker, O pistoleiro de Satã. - CAPT. III


"Johnnie Walker, O pistoleiro de Satã." É um conto seriado de JP, publicado semanalmente aqui no Blog Contos Infindáveis. Perdeu o início? SIGA AQUI!


O Gênese de um MEIO-PSICOPATA part. II



Três meses se passaram desde a morte do Xerife Walker, e outra tragédia se abateu por sobre aquela família. Rebecca foi levar o almoço a sua mãe e a encontrou morta. Ela havia se suicidado, passou um cinto de seu falecido marido no pescoço e se estrangulou até a morte. Isso foi algo terrível na vida daquelas três almas sofridas, John que já estava trabalhando há quase três meses como peão na fazenda do Senhor Writhe, acabou se entregando a bebida, mesmo sendo muito jovem ele bebia muito. Rebecca e Bryan andavam muito tristes até que o Sr. Willes trouxe uma boa notícia, ele havia arranjado um marido para Rebecca, se tratava do filho de um político da capital, ele precisava urgentemente se casar, pois queria entrar na vida pública também, mais nenhuma moça da capital queria casar-se com ele, o fato é ele tinha uma má fama de boêmio. O Sr. Willes era amigo de seu pai e então lhe deu a solução, casa-lher com uma moça de fora, bem educada, de fino trato e recatada, que não conhecesse sua má fama. A idéia foi vista com bons olhos pelo rapaz. Já estava tudo acertado, Rebecca iria se casar com o rapaz e iria levar Bryan consigo, para que ele fosse educado na capital. O menino queria ficar em San Miguel, mais como era muito novo ele não teve escolha. Johnn prometeu escrever uma carta e lhe mandar uma pensão todo mês para que ele a guardasse e a usa-se em caso de emergência com ele ou com Rebecca.
Johnnie mesmo trabalhando dia e noite não pode pagar a hipoteca, e perdeu o Rancho da família, a essa altura a família de Ally já não permitia mais que ela se encontrasse com o rapaz, que além de pobre, estava mal falado, com fama de encrenqueiro. Acontece que Johnnie sempre que bebia queria brigar e quebrar tudo o que via. Todos falavam do desgosto que ele seria para o pai e a mãe se estes estivessem vivos.
Cinco anos se passaram desde a tragédia que se abatera sobre a família Walker. Johnnie não via seus irmãos desde o natal de três anos atrás quando foi visitá-los na capital. Ele não atrasou com a pensão nem sequer um dia nesses cinco anos, porém estavam raras as vezes que ele escrevia uma carta para os irmãos. John já não mantinha mais contato com Ally que estava noiva de um médico que havia chegado á cidade um ano antes. O noivado era a contragosto, mais ela não tinha escolha, os pais a forçaram, sem dizer que ela estava muito decepcionada com Johnnie que agora havia se tornado um sujeito extremamente degradável. Só sabia beber e brigar. Ele não é mais o John que foi um dia.
Como de costume, depois de um longo dia de trabalho na fazenda do Senhor Writhe, ele foi ao bar. Ele estava cansado e queria relaxar um pouco, hoje ele poderia ficar até mais tarde no bar, pois era sábado e no outro dia ele não iria trabalhar. Ele pediu uma dose de conhaque e se sentou no balcão. Ao seu lado estava Schole, o sujeito já estava muito bêbado e Henry, o dono do bar, se recusava a lhe servir mais bebida:
- Não filho! Você já está muito bêbado, vá para casa, amanhã você pode voltar aqui e beber mais. Mas por hoje chega! - disse o garçom.
- Seu cão maldito! Eu tenho dinheiro me dê mais o que beber! - Disse o bebam, atirando notas de dólar em Henry. Ele pediu ajuda a Johnnie, que era amigo do dono do bar. Johnnie tentou apaziguar o bêbado:
- Hei amigo, se ele te der mais uma dose você vai embora? Vamos beba o último copo, que eu te ajudo a ir embora. - Disse o rapaz com uma paciência rara nele.
- Sai daqui moleque desgraçado! Eu não vou embora porra nenhuma. E se você não tirar essas mãos imundas de cima de mim eu vou fazer com você o mesmo que eu fiz com aquele viado do seu pai! - Disse Schole gargalhando. - Sabe moleque, eu pensei que ele fosse mais durão, pela pose que ele tinha eu esperava mais, mas não, ele foi muito fácil de mat... - ele não terminou de falar, pois tomou um murro de Johnnie.
- O que você está me dizendo Schole? - perguntou o rapaz
- Isso que você ouviu. - respondeu Schole tentando avançar sobre Johnnie - eu o matei e vou fazer o mesmo com você seu cachorro!
Johnnie acertou outro soco nele e continuou a bater. O rapaz estava cego de fúria, ele pegou a cabeça do bêbado e a acertou no balcão com força, abrindo um corte na testa de Schole, que caiu no chão e começou a ser chutado por Johnnie. Um outro rapaz tentou impedir Johnnie mais levou um soco no nariz, que começou a sangrar. Johnnie gritou:
- Ninguém ouse tentar me impedir! Entenderam?!?!? - e continuou a bater no algoz de seu pai. Até que resolveu parar, ele o segurou pela lapela do paletó e perguntou:
- Eu sou vou ter perguntar uma vez. Mais alguém esteve com você junto nessa, seu filho de uma puta?!
- Foda-se seu merda! - respondeu Schole.
Johnnie se enfureceu mais ainda, pegou um canivete que ele carregava, e falou:
- Então essa e a sua resposta? Hum... Okay - Johnn levantou o homem, colocou ele por sobre a mesa de sinuca com os braços virados para trás, pegou o canivete e começou a cortar o nariz de Schole. Este por sua vez se debatia e dava berros perturbadores de dor. Um homem que também bebia ali foi em direção de Johnnie para tentar impedi-lo. Ele percebeu a aproximação do homem, sacou a colt .38 que um dia foi de seu pai e acertou um tiro na perna do apaziguador, e disse:
- É a ultima vez que eu digo quem tentar me impedir, vai morrer. - Todos que estavam no bar saíram assustados. Henry a uma distância falava com o jovem em fúria, mais esse não ouvia nada além dos gritos de dor, de sua vítima, que logo não aguentou e começou a falar:
- Bu-Bucky...e-e Willes... - disuse Schole.
- O que? É mentira! Seu maldito! É mentira! - gritou Johnnie, ele não pode acreditar no que seus ouvidos ouviam. Seu padrinho, o homem que havia ajudado nos preparativos do velório de seu pai, ele estava envolvido nisso.
- Isso é verdade? - perguntou Johnn - Não minta para mim seu putardo.
- Si-si-m... É-é ver-da-de si-s-im... Eu ju-juro, por Deus pare com is-so, dói muito! - lamentava Schole.
- Henry você tem um facão aqui? -perguntou Johnnie
- Tenho sim, mais não vou te dar ele. - respondeu o garçom
Johnnie pegou a sua arma e acertou Henry no nariz com a sua coronha, e disse:
- Rápido seu putardo, não to de brincadeira!
Henry pegou o facão debaixo do balcão e o entregou, enquanto tampava seu nariz com um pano, tentando para o sangramento, ocasionado pela pancada. O rapaz pegou o facão, colocou-o sobre a mesa, virou Schole de costas, segurou firme sua cabeça pelos cabelos, pegou o facão e com um único movimento arrancou a cabeça dele vivo, enquanto ele pedia por clemência.
- Me dê uma sacola, e me traga a conta pelos estragos que eu fiz aqui em seu bar. - Disse Johnn.
- Não precisa se preocupar garoto, aqui tome sua sacola e nunca mais volte aqui. - Disse Henry enquanto dava-lhe a sacola.
Ele a pegou e pôs a cabeça do defunto dentro dela. Quando estava saindo foi indagado:
- Por Deus Johnn, o que você vai fazer com essa cabeça?
- Vou pegar mais duas cabeças pra minha coleção. - Respondeu o Cow-boy de forma cínica, com um leve sorriso no canto da boca enquanto se dirigia até seu cavalo, que o aguardava amarrado fora do bar.

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